segunda-feira, 23 de julho de 2012

As almas dos eternos errantes.

















"São demais os perigos desta vida,
para quem tem paixão..."


Vinícius de Moraes









As almas dos eternos errantes,
Em que vagueiam relutantes.
Dispersas nos mares e  campinas 
Onde por fim, se perdem os dias.

E se vão, fumegantes em busca
Dos perdidos dias, em que nunca,
Sonhados afinal como antes,
Trazendo mistérios distantes.

Em suas flamejantes figuras
Postas como eternas molduras
Estáticas, congelando o fim,
Labirinto  feito de nanquim!


Saiam a vagar na penumbra!
Da noite que em sua sombra,
Passeiam os amantes  inocentes:
Perigos que lhe são  inerentes.