sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Aruanda


Saiamos sem o véu da saudade:
Não há tempo para as tolices!
Nos terraços preparam a derrota
Dos que tem esperanças...
Não nos iludimos. Não temos escolhas!
A serenidade já não mais nos pertence.
Fomos lançados a mercê do fluxo
Do caos inadvertido do tormento,
E estamos marcados até os ossos.
Já esquecemos nosso canto de guerra
E tornou-se inútil àquilo que carregamos
Despretensiosamente dentro do peito.
Pois tudo que acreditávamos, virou apenas
Um grito abafado e calados...
Seguimos em frente, não espantados
Com o nosso sofrimento,mais sim,
O que deverasmente esquecemos!









Posto a chama!




















Pictures by Willian Blake.




"Este desejo finito e vão
de possuir o que me possui...!


Manoel Bandeira.






A nostalgia teceu nossa esperança.
Serão fugazes as tentativas humanas,
E nelas dissipam-se a mais profanas
Tentativas de possuir o que não nos pertence!

O destino já foi deixado ao caminho...
E a saga de nossa carne leviana,
Posto a fugaz chama: inútil, não corroí 
O aço fundido da lembrança!

Não serão eternas as horas
Do ousar da matéria cintilante,
Pois, só há sentido o brilhar dos astros:
Se alguém eternamente os clamem!