quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Solitude









Aos amores que tive neste mundo
Só o silêncio implicitamente reside:
Nos desejos de súplicas não vividas.
Entre cantos esquecidos, por medo,
Fiz singelos poemas que jamais serão lidos
Por aqueles que endereçados estejam!
Mesmos assim vou ao meu árduo ofício:
De despertar os humanos olhos distraídos
Com coisas óbvias, por hora, escondidas.
Com as palavras que me vão saindo
Simplesmente sangrado do peito:
Mostrando a todo mundo o valor latente
Que vale a pena ainda ser gente!
Neste mundo que às vezes escondemos
Enfim... Por sortilégio do destino...
Ou por mero descontentamento:
Nossos mais profundos sentimentos!






SOLITUDE

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Significado da palavra Solitude:

http://www.recantodasletras.com.br/resenhas/1032771



terça-feira, 5 de outubro de 2010

LIRA DOS TRINTA ANOS...





















PICTURES BY WILLIAN BLAKE





Onde pus minha única lira,
De par em par com a mocidade:
Desatinando toda a ira
Levando nossa pouca idade?

Os sonhos não sonhados se foram...
Embora bem antes da feitura,
Inacabados, poucos sobraram:
O gosto resíduo da ternura.

Quis eu, sem saber, mudar o mundo...
Sem perceber, ele que me mudou.
Queria abraçar todo mundo:
Nestes singelos versos que lhe dou!

sábado, 2 de outubro de 2010

O acaso!

















Está efêmera paixão alada sem destino.
Corriqueiro andar dos desatinos olhares,
Nas sombras dos passar das horas sem motivos:
Ficando somente a vontade abrupta de apreciar
Momentos por outrora jamais  vividos.


No balbuciar dos lábios que ensaiam
Eternamente um ligeiro sorriso...
Esta é a nossa descomunal sina:
Neste andar peregrino, com esta humana veste,
Desta mortal carne que perece a cada dia!

Oh! Paixões, olhares, lábios invisíveis:
Vem no passar das horas sem avisos,
Destroçar algoz, encantos de meninos,
Dilapidando sonhos impossíveis
Enchendo a alma de saudades:

De coisas, por fim, não vividas!



Acima, a reprodução da pintura Fiery Pegasus ("Pégaso Flamejante", 1809), do poeta e pintor inglês William Blake.