domingo, 31 de julho de 2011

SOLITUDE II
























Na verdade...
Todos nós estamos sós!
Todas as estrelas distraídas...
Todos os apaixonados cantando sob a lua,
E na criação, Deus também estava só.
E não há mais dor ou sentimento,
Sendo que exprima tão tormento
E solidão em estar num momento...
Tão crucial e truculento.
De ver um amor partir e no poente,
Fazer juras de amores no firmamento
E ter todos os sonhos num instante
Se esvaindo de repente e indolente.
E depois não possuir mais o encanto
Numa sensação estranha, simplesmente...
Mesmo tendo o amor ainda presente!
Sendo o desfrutar:
Um privilégio para poucos.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Canção do eterno encantamento.


























A poesia não é lamento
Ou um simples descontentamento,
É mais do que coisas d’alma:
Esvai-se enfim e nos dá calma.


É um poder cantar distraído...
Perceber o belo possuído,
Nas coisas tão simples da vida;
E fazê-las uma desmedida


Alegria que nos contagia...
E preenchendo de nostalgia
O vazio desses nossos dias,
Não sendo só uma euforia!


Em pleno ledo desprendimento,
Arraigando o discernimento,
Levando onde não há esperança:
Um pouco de estar como criança!










Pictures by Cândido Portinari:


Crianças brincando





domingo, 10 de julho de 2011

Todas as manhãs..




“Todas as flores do amanhã estão nas sementes do hoje.”
(Provérbio Chinês)




Todas as manhãs ensaiamos sair do óbvio...
De transpor as fronteiras: contagiando-se de alegrias.
Vivendo uma aventura mística nunca vista,
E alçar vôos, conquistando espaços jamais imagináveis.


Estamos comprometidos com a felicidade,
Não percamos mais tempo com o inevitável.
Sejamos nós mesmos, entendendo as diferenças,
E abençoando o momento: sendo único e verdadeiro!

Habitar todos os dias de bons pensamentos
E espalhar com exatidão todos os sonhos,
Que são plantados no ontem e colhidos no amanhã...
Não há tempo mais para o medo!

Vamos juntos, sem nos dispersarmos...
Encontrando o perdido caminho
Já trilhado pelos que ainda tem a esperança
De sermos todos, unidos: numa só aliança.


















by Monet" Impressão, nascer do sol"

sábado, 2 de julho de 2011

Inquietudes....






















Não cantareis mais as tristezas deste mundo:
Nas lembranças que tivemos no entardecer
Sucumbiram-se nos devaneios, inesperados,
Em que só a solidão nos redime, ao contemplar,
O orvalho a tingir de esperança nosso alvorecer.



Não cantareis mais as tristezas deste mundo:
Dos belos momentos inesquecíveis a  se esvair
Sem nos darmos conta, sendo tão derradeiros,
Como pinturas pitorescas - em dia de sol
Das coisas em que sofremos em não dizer.



Não cantareis mais as tristezas deste mundo:
Nas solitudes, como momentos esquecidos,
Onde passaram como gestos inacabados
Como cantos inaudíveis, onde tento ouvir
Dias felizes e Amigos que vão sem nos perceber.

Não cantareis mais as tristezas deste mundo:
Do regaço que passou em nossas vidas,
Levando todos os sonhos irreversíveis;
Das soleiras deste mundo, brotam a saudade,
Misteriosamente d'onde vem a nos socorrer.