domingo, 2 de novembro de 2014

A vontade de ter Deus no coração!




Sinto Deus em todas as coisas
Que teimosamente vejo.
Em quase tudo que vejo, sinto Deus
Nas coisas que teimo ver.

E noutras apenas tento perceber
A sua preciosa ausência
Nas injustiças feitas pelos homens
E pela natureza, como num tufão
Fumegante de lavas num infinito
Armagedom de pesadelos,
Soando como trombetas enlouquecidas
Nos meus humanos tímpanos displicentes,
Parecendo o juízo final dos meus lamentos.

Sinto Deus em todas as coisas
Que teimosamente vejo.
Em quase tudo que vejo, sinto Deus
Nas coisas que teimo ver.

Vejo, noutras, as planícies à luz dos justos,
Daqueles que pregam a paz, e neles percebo:
Estão sendo coroados e ungidos de bons sentimentos.
E cultivam infinitas esperanças e carregam
Intuitivamente, constelações de bons pensamentos,
Como num inesperado batismo, no rio Jordão:
Onde encontramos o significado da palavra amor
Em sua plena manifestação universal
Da eterna esperança da humana convivência.




quarta-feira, 5 de março de 2014

Bons tempos!























Bons tempos que eram...
Papagaios no ar e estilingues na mão:
Não era para matar passarinho, não!

Havia cirandas...
Com meninas de tranças
E a gente sempre contente!


Mas, hoje a modernidade chegou:
Não há mais Pierrot e Colombina
E sem perceber o tempo passou...


Onde ficou a perdida ilusão
Da nossa saudosa esperança:
Em que tudo não teria mais fim!

Bons tempos que eram:
As rosas tinham mais perfume
E as meninas mais amores...



Marília, outono de 1978.



Pierrot de Picasso:

http://blogdopatio.wordpress.com/2010/02/11/e-carnaval/








Porta estandarte: Autoria de Geraldo Vandré e Fernando Lona