sábado, 25 de dezembro de 2010

Ao inesperado por vir...
















No tempo do arco-íris...








Quero acreditar...
Num novo tempo.
E de não ser ilusão
Aquilo que sonhamos
Quando éramos jovens.
Tecer uma nova canção:
Caminho pelo sol, ter
A liberdade nas mãos.

Estar sempre pronto
Para o que der e vier
Sem ter a preocupação
Com o imponderável destino,
Aquilo que nos prende
Sem pedir licença ao coração.
- Somente vale nesta na vida,
Coisas  feitas só de paixão.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Meu coração..
















Meu coração...
Não cabe mais em si!
Bate-bate: gota a gota...
De contemplação e contentamento,
Não se esvaindo - dia a dia os sentimentos:
Em suas cordoalhas estão impregnadas
De alegres e bons momentos!

Em vão, na baterá jamais, em esquecimento,
Donde ficarão marcados para sempre,
Num contagiante compasso infinito...
Transcendente: contaminando todas as gentes!
Dias vividos... Não ficarão impunes,
No seu pulsar com firmeza e esperança:
Em seus cantos de esplendores inocentes!













 Todos os Direitos Reservados

Luis Antonio Rossetto é Registered & Protected Blog Entry

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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Destino



A vida corre inexoravelmente ao vazio
Como um caudaloso e inexplorável rio.
Dispersando-se, saindo fora de si...
( No caos do inóspito tempo, enigmático. )
Misterioso em suas curvas, em sua inútil correnteza.

Indecifrável, sendo talvez uma nebulosa solitária.
Esquecida por Deus, a revelia, pairando no cosmos
Inutilmente: a terra navega e carrega os sonhos
Dos homens, onde se propaga seu gene marcado:
Como metástase e proliferando o sofrer.

De impurezas, em seu pecado original
E tem em sua maior sina, de ser sozinho...
Isolado, viajando a esmo, num tormento
Infinito de ser e não possuir o seu leme,
E um desejo incontido de não morrer!


Neste mistério profundo, só lhe resta
A certeza, sendo como se fosse única saída
De enormes plenitudes de redenção,
De fugir do seu inevitável destino:
De nunca aprender o hábito de conviver.




Na surpresa de amar...


Ainda que o sublime amor não mais me aprecie,
Mesmo assim, não se esvai os derradeiros dias,
Vividos cheios de esplendores e nostalgia.
E ainda não se propagou à fera dor da melancolia,
Do verdadeiro amor trocado por uma fugaz aventura.

Quando nada trouxe, senão de estar inerte com a solidão,
Habitando o  mórbido dia, sem o suspirar de alegrias.
Tendo ainda a esperança de ressuscitar o  verdadeiro amor
E  perdoar-me, como num misterioso encontro, ainda por ventura,
Num abençoado dia de redenção e estando marcado no destino.

Não tendo mais a árdua sensação de perambular sem minh’alma...
E não mais desfilar tamanha sina - como sendo um corpo vazio.
E de surpresa retornar a paz, como outrora, os preciosos dias:
E na surpresa de reencontrar este teu verde olhar, disperso ainda,
Hei de novo presenciá-lo, num inocente caminhar pelas campinas.






Pictures by 
Vincent Van Gogh


Acalanto





Nas andanças, peregrinas
Ficando maravilhado,
Sem perceber, minha sina:
Estar contente ilhado.


Noutras terras distantes:
Mesmo com todos os sonhos,
Não sendo feliz o bastante,
Sem deixar de ser tristonho.


Mas, fico imaginando
Como num inesperado,
Dia de sol, inspirando
Estar num avarandado.


Todas ilusões passadas
Vindo então, a socorrer,
Pondo alegria alada,
Como nunca querer morrer!


Percebi o recomeço...
Apenas, sem lhe conhecer
Sem o medo, adormeço...
Feliz estou, sem o perceber.




quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Solitude









Aos amores que tive neste mundo
Só o silêncio implicitamente reside:
Nos desejos de súplicas não vividas.
Entre cantos esquecidos, por medo,
Fiz singelos poemas que jamais serão lidos
Por aqueles que endereçados estejam!
Mesmos assim vou ao meu árduo ofício:
De despertar os humanos olhos distraídos
Com coisas óbvias, por hora, escondidas.
Com as palavras que me vão saindo
Simplesmente sangrado do peito:
Mostrando a todo mundo o valor latente
Que vale a pena ainda ser gente!
Neste mundo que às vezes escondemos
Enfim... Por sortilégio do destino...
Ou por mero descontentamento:
Nossos mais profundos sentimentos!






SOLITUDE

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Significado da palavra Solitude:

http://www.recantodasletras.com.br/resenhas/1032771



terça-feira, 5 de outubro de 2010

LIRA DOS TRINTA ANOS...





















PICTURES BY WILLIAN BLAKE





Onde pus minha única lira,
De par em par com a mocidade:
Desatinando toda a ira
Levando nossa pouca idade?

Os sonhos não sonhados se foram...
Embora bem antes da feitura,
Inacabados, poucos sobraram:
O gosto resíduo da ternura.

Quis eu, sem saber, mudar o mundo...
Sem perceber, ele que me mudou.
Queria abraçar todo mundo:
Nestes singelos versos que lhe dou!

sábado, 2 de outubro de 2010

O acaso!

















Está efêmera paixão alada sem destino.
Corriqueiro andar dos desatinos olhares,
Nas sombras dos passar das horas sem motivos:
Ficando somente a vontade abrupta de apreciar
Momentos por outrora jamais  vividos.


No balbuciar dos lábios que ensaiam
Eternamente um ligeiro sorriso...
Esta é a nossa descomunal sina:
Neste andar peregrino, com esta humana veste,
Desta mortal carne que perece a cada dia!

Oh! Paixões, olhares, lábios invisíveis:
Vem no passar das horas sem avisos,
Destroçar algoz, encantos de meninos,
Dilapidando sonhos impossíveis
Enchendo a alma de saudades:

De coisas, por fim, não vividas!



Acima, a reprodução da pintura Fiery Pegasus ("Pégaso Flamejante", 1809), do poeta e pintor inglês William Blake.


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ao perceber, vi infinitas estrelas....




















by Vincent Van  Gogh




Tudo é languidez: sois, luas, dias...
Em um compasso cósmico infinito!
E nada, por certo deveras esvaias:
Tudo reluzia em nosso espírito.


Buscávamos a imensidão, alegres
Como não poderíamos acreditar
Em que tu fosse algum dia... destruíres
Com tanta rapidez o teu acalantar!

Se não fosse tamanha busca inútil,
Tendo a tristeza exposta com frieza
Sem sentir remorso ou pena, com fútil:
Tamanha falta de tua  delicadeza.

Ao perceber, vi infinitas estrelas....
A lembrar que ainda bate no teimoso,
aflito peito... Não por querer tê-las:
Por poder contemplá-las,  esperançoso.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Aruanda


Saiamos sem o véu da saudade:
Não há tempo para as tolices!
Nos terraços preparam a derrota
Dos que tem esperanças...
Não nos iludimos. Não temos escolhas!
A serenidade já não mais nos pertence.
Fomos lançados a mercê do fluxo
Do caos inadvertido do tormento,
E estamos marcados até os ossos.
Já esquecemos nosso canto de guerra
E tornou-se inútil àquilo que carregamos
Despretensiosamente dentro do peito.
Pois tudo que acreditávamos, virou apenas
Um grito abafado e calados...
Seguimos em frente, não espantados
Com o nosso sofrimento,mais sim,
O que deverasmente esquecemos!









Posto a chama!




















Pictures by Willian Blake.




"Este desejo finito e vão
de possuir o que me possui...!


Manoel Bandeira.






A nostalgia teceu nossa esperança.
Serão fugazes as tentativas humanas,
E nelas dissipam-se a mais profanas
Tentativas de possuir o que não nos pertence!

O destino já foi deixado ao caminho...
E a saga de nossa carne leviana,
Posto a fugaz chama: inútil, não corroí 
O aço fundido da lembrança!

Não serão eternas as horas
Do ousar da matéria cintilante,
Pois, só há sentido o brilhar dos astros:
Se alguém eternamente os clamem!





domingo, 9 de maio de 2010

Outrora, deverasmente jamais...


Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida...

Casimiro de Abreu





Vasto mundo, tão vasto, medonho.
Fugimos do incansável sonho,
Exaurindo as boas lembranças
Quando éramos apenas crianças


Esperávamos sem arrogância,
Pelo crepuscular da infância:
Neste bem querer quase insano
Acreditando no ser humano.

Onde se passaram os melhores
Anos, aqueles acolhedores:
E breve lembrança esquecida,
Como recanto da minha vida.

Não sabia que os melhores anos
Não seriam, os que esperamos:
Mas, sem o perceber, deixamos ir,
Como um belo dia a se esvair...




























revista literária: Contra-corrente:


http://pt.calameo.com/accounts/206932





















sexta-feira, 7 de maio de 2010

O esquecimento...



Entre soleiras vicariantes, num fugaz instante.
Tórrido e esquecido, porém lúcido e irradiante.
Onde não estaremos mais em pleno momento
Daqueles dias vividos que marcaram a gente,
Sem estar ausente somente, no pensamento.

Como ferro em brasa tatuando nossa estadia
Sendo como uma frívola espera inconsciente.
Seguir, sob o sol erguido no firmamento,
E pensar em que alguns dias foram todo seu:
O espetáculo surgido no esquecimento.

Noutras manhãs, como cálidas esperanças,
Em que enchemos de contentamento
Nosso súbito querer de deslumbramentos
A seguir as manhãs como fosse o nosso
Destino a caminhar sem as lembranças.

Não encontraremos mais a sua ausência,
No passar dos raros encantamentos
De vislumbrar todo o futuro de sonhos.
Em querer estar tão próximo, finalmente,
Sem perder jamais a nossa esperança.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Poeta menino.





Não entendo esse mundo
Eu já quero partir,
E ir embora sem medo
À procura de mim.

Já suportei de mais o pranto,
Fingindo não ver ao redor:
Caminhando, Caminhando
Sempre a lugar nenhum.

Andei demais sozinho,
Sem encontrar meu coração,
Levando a leve lembrança
Do teu calor que nunca senti.

Partirei, partirei...
Porém cicatrizado,
Quando teus olhos castanhos
Negarem luz.

Partirei, partirei...
Num momento rápido:
Terminarei meu sonho...
Ainda sou menino!














a reprodução da pintura Fiery Pegasus ("Pégaso Flamejante", 1809), do poeta e pintor inglês William Blake


quarta-feira, 28 de abril de 2010

INFINITUDES






Rosebuds colhereis enquanto podeis


John William Waterhouse





No finito de nós, fazemo-nos de atitudes
O meu infinito requere-as intensas


Manuel Pintor





A poesia não é só cantar de dor...
Um mero lamento ou descontentamento.
Pode ser também um cantar de alegrias,
Infinitas sensações de estar apenas
Vivenciando a contemplação do passar do tempo.



Não perdemos mais os precisos dias
Com evocações de musas e deuses...
Só o fato de estar lúcido e consciente
Já valeu nossa estadia neste plano
Existencial, sem ainda da tal metafísica!




Saiamos, ainda há tempo...
De sentir a força deste nosso pulsar
Sem nossa finita compreensão do momento.
Neste peculiar encanto e elevar os pensamentos
Façamos de tudo uma canção de livramentos:



Olhai para a terra, para os bichos...
E Despertai já... Ainda há tempo!
Para o essencial belo momento que se esvai!
Levando consigo os encantamentos, com o poente:
As raras lembranças à fazer esquecer dos sofrimentos.