domingo, 29 de abril de 2012

O Universo










Prosopopéia dos cantos inaudíveis,

Onde os amores jamais serão vividos!

Sob o julgo do assombroso infinito...

Num estridente e inútil grito:

Digo não ao incansável eterno!


E jamais teria se consumido,

No caos do outrora findo

E brotar ao acaso do destino,

Num constelar de matéria dispersa

Inexplicavelmente no firmamento?


Contagiando-nos instantaneamente,

Com um intenso deslumbramento.

Não há de ser somente uma obra,

Feita por mero desprendimento:

Há de ser a morada para o sempre!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Tua beleza escondida...



O esplendor de sua beleza interior

Reflete espontaneamente em sua cútis,

Em forma plena de pura candura!

Onde não haverá forma, ou coisa,

Ou dores por ventura neste mundo:

Que arrancará abruptamente,

Por capricho ou ironia do destino,

Seu inocente e fecundo sorriso!

Irradiando-nos, instantaneamente,

Com sua indecifrável formosura.

Espantando essa nossa dor trivial

Ou condição mortal que nos sepulta.

Pondo-nos em outros ares, lugares,

Despertando e elevando o espírito...

E sentiremos mais leves e livres:

Tua luz replandecendo todos os dias!