domingo, 23 de janeiro de 2011

Canção do amor ausente...




















Na esperança de sempre tê-la,
Fiz castelos para protegê-la!
Foi-se assim de repente, em fim:
Teu destino não foi ficar em mim.


Vendo pouco a pouco saindo:
Eternos desejos  esvaindo...
Nos inescrupulosos almejos,
Ficando refém destes anseios!

Em insano e triste destino,
Vi-me cantando em desatino...
E por fim, amenizando então,
Os sentimentos não foram em vão!

Fiz desta minha dor o meu cantar,
Ao invés do eterno soluçar...
Fiz, então, esta canção contente:
Tua alma está em mim presente!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Na surpresa de ser!



      














       "Não sou nada. 
       Nunca serei nada. 
       Não posso querer ser nada. 
       À parte isso, tenho em mim todos
       os sonhos do mundo."
       Fernando Pessoa






Seria nada até então...
Se não descobrisse o amor:
E nele encontro o infinito,
E tudo se faz sentido!
E fico eterno para o meu amor,
Que suavemente me abriga...
De contentamento no esplendor das horas
E ao passar dos dias!
Agora sei o quanto sou alegre
Sendo que outrora fui e nunca saberia:
Hoje dou adeus à melancolia!
E se no meu destino estiver marcado esta sina
De meu súbito amor de ir embora sem aviso;
Não entrarei em desgraça ou mera nostalgia:
Pois este amor me ensinou que a vida é muito mais...
E nela estamos presos até o final dos  dias!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

As Rosas do Caminho...




























"Quem julga que são rosas
 as pedras do meu caminho
Não sabe que encontrei sempre

 nas rosas que me deram
Perfumes que au colher, 

me deixaram espinhos..."

Amália Rodrigues



Serão de brisas feitos os sonhos?
Vem em sua magnitude abrangente
Colocar todos os sentimentos
E expô-lo indulgentemente, etéreo...
Num cosmos perdido no firmamento!
Haverá o sol de brilhar inocente,
Num espaço ávido indolente,
Sem temer de passar o tempo?
E de não ser eterno os pensamentos,
Fugaz sendo todos os desejos
Em lugares que nunca estarão os medos.
E do desabrochar das rosas
Que outrora plantamos nos caminhos,
Ao passar distraído sem anseios,
E vê-las flori-las sem se preocupar
De fazer lembrar de nossos apelos:
Da duração do seu perfume efêmero...
Ficando somente a suas secas pétalas caídas,
Marcando o caminho para ser enveredado:
Aos que vem seguindo inocentes!











Luis Antonio Rossetto é Registered & Protected Blog Entry

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