sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A rosa do amanhã...






Quando o acaso chegar...
E banhar o teu véu acariciado pela aventura,
De ser humana a condição lavrada,
Nas temperas das dores vividas!
Lembrarás, inevitavelmente...
Dos amores por um dia perseguidos:
Numa juventude da flor da mocidade
Dum outrora jamais esquecido.
E te contaminará de uma arrebatadora
Saudade de um tempo onde a maldade
Não abrigava nossos corpos desprotegidos!
E íamos tão felizes sem o perceber...
Sendo que esvaia o melhor do fruto
Com sabores infinitos de um gosto,
Que nunca e jamais apreciaríamos:
Este desejo finito que foi as nossas vidas!

sábado, 24 de setembro de 2016

A rosa do amanhã









Quando o acaso chegar...
E banhar o teu véu acariciado pela aventura,
De ser humana a condição lavrada,
Nas têmperas* das dores vividas!
Lembrarás, inevitavelmente...
Dos amores por um dia perseguidos:
Numa juventude da flor da mocidade
Dum outrora jamais esquecido.
E te contaminará de uma arrebatadora
Saudade de um tempo onde a maldade
Não abrigava nossos corpos impunes!
E íamos tão felizes sem o perceber...
Sendo que esvaia o melhor do fruto
Com sabores finitos... De um gosto,
Que nunca e jamais apreciaríamos:
Este desejo infinito que foi as nossas vidas...





Têmperas*


imagem:

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Foi preciso te perder para poder me encontrar...













 "...Ao finito e infinito do nosso existir..."










( " Este sono da gente, o universo..."
Fernando Pessoa  )










Haverão de existir outras formas tão plenas
De viver e de cotidianamente se amar!
Entender todas as razões verdadeiras
E de saber valer a pena todo o sonhar!

Não mais viver por viver...
E sempre estar próximo de algo bem maior
Tendo assim,  mil maneiras do despertar:
Não tendo como não mais se libertar, eternamente...


Hoje encontrei novamente o motivo...
E sempre estarei cantando e não haverá
Tristeza que possa me alcançar,
Pois agora eu sei bem... Estar em pleno habitar!


Compreender o finito e infinito em nós 
E ater-se: Não nas coisas ínfimas...
Mas sim, nas coisas bem mais do que rimas:
Estas definitivamente...  Ousarão  em ficar!











Pictures:  A sesta: Vincent Van  Gogh

http://rradeir.blogspot.com/2010/10/astronomia-na-arte-de-vincent-van-gogh.html










segunda-feira, 20 de junho de 2016

A Gota de orvalho que cai...






















As coisas tangíveis tornam-se insensíveis
À palma da mão. Mas as coisas findas,
Muito mais que lindas... Essas ficarão...
Drummond.





Hoje... Saí despretensiosamente:
Descarnado da luxúria,
Extasiando-me da abrupta luz
E liberto da vontade de possuir...
Limitado à cotidiana matéria
Espectro finito do existir!
Hoje saí sem me despedir,
Desnudo da humana carne envolta,
Sem se preocupar com a estrada
Que inevitavelmente deva seguir.
Sem os trajes terrenos presos a mim:
Este fugaz pileque homérico que é a vida,
Vou... Mas sem sentir pena!






Foto extraída do site:
http://1.bp.blogspot.com/_RKS7QRQ7aNE/TE4ItNmEvmI/AAAAAAAAAcM/Tgqk92OO_hk/s1600/gota-de-orvalho-mariana-borges-bizinotto-43182-1.jpg

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Quando encontrares as rubras flores silvestres...










Quantas vezes ousamos desfraldar o infinito
E gritar todo o sentimento ao mundo?
Sem o medo de perpetuar o verbo no transitivo,
Mesmo sabendo que a vida é incompleta
Precisando sempre da nostalgia!
Os dias passam em célere desmedida,
Em humana incompreensão do efêmero:
O inexorável momento não se dissipará
Ao nosso desencontro na vida!
Nele se multiplicarão, tendo posto o instante,
Mesmo assim no limbo da desilusão.
Perpetuarão como rubras flores silvestres,
Dissipando seu raro perfume
Num jardim que nunca terá fim!
Ficando apenas nossa saudade,
Sendo o bem mais precioso
Que cultivamos em vida
E que nos distingue!




Imagem retirada da internet: