sexta-feira, 30 de março de 2012

O nada...





As nossas ilusões passadas,

Foram feitas de infinitos desejos:

Canções, beijos e mãos dadas!

E tudo, outrora, não foi em vão,

E íamos distraídos pela calçada.


E um mundo ao redor, desatento...

Sendo espiado pelo inútil nada.

E mesmo assim, foi o destino,

Ser o que fomos e não existiria

Outra maneira de deveras sê-lo!


E nada foi além de um sonho,

Nunca ousado e pressentido,

Plenamente pelos simples mortais.

Que passam indiferentes aos caos

Incompreensível do firmamento.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Réquiem do passar dos dias!



Não seria nada até então...

Se não descobrisse o amor:

E nele encontro o infinito,

E tudo se faz sentido!

E fico eterno para o meu amor,

Que suavemente me abriga...

De contentamento no esplendor das horas

E ao passar dos dias!

Agora sei o quanto sou alegre

Sendo que outrora fui e nunca saberia,

Hoje dou adeus à melancolia!

E se no meu destino estiver marcado esta sina

De meu súbito amor de ir embora sem aviso;

Não entrarei em desgraça ou mera nostalgia:

Pois este amor me ensinou que a vida é muito mais...

E nelas estamos presos até o final dos nossos dias!

Jardim do Éden













Quando ouvires os últimos
Retumbantes acordes
No madrigal jardim do Éden,
Onde o pecado ainda não tinha penetrado
Em teu puro coração, em sua serpentina
Em sangue livre da maldade!
Estarás em pleno êxtase cósmico
Num breve espaço de tempo
Em uma felicidade nunca apreciada
Pela sua textura ainda de menina
Em que nunca sentiu a dor,
Terrena no peito, indulgente!
Onde saciarão a fome daqueles,
Por ventura posta nesta vida,

Impunes sairão do teu ventre:
Povoando a terra de seres
Em mortal veste lhe destinam!








Pictures:


Cole Thomas The Garden of Eden 1828




sexta-feira, 9 de março de 2012

O Poente














Tenho o vento forte,
Flamejante ao poente,
Dentro de mim!
Que assopra nas orlas,
E fere em tempestade,
Os mares outrora calmos...
Içando as velas dormentes
E faz singrar minh’alma errante,
Guiada por estrelas cadentes.
Em busca do ocaso:
Salpicando de esperança
Meu ledo coração!
Afastando-o e levando a lugares
Distantes, inconcebíveis...
Que nunca ousei em ir!
Tenho o vento forte,
Flamejante ao poente,
Dentro de mim!



sábado, 3 de março de 2012

A Fênix ressurgida.













Romper barreiras
Transpor fronteiras

Quebrar o silêncio
Invadir o espaço

Esquecer os laços
Dilatar os pensamentos

Fugir dos ressentimentos
Elevar a alma

Ressurgir das cinzas
Transcender o corpo

Desafiar o infinito...










Fênix ressurgida das cinzas: