quinta-feira, 9 de junho de 2016

Quando encontrares as rubras flores silvestres...










Quantas vezes ousamos desfraldar o infinito
E gritar todo o sentimento ao mundo?
Sem o medo de perpetuar o verbo no transitivo,
Mesmo sabendo que a vida é incompleta
Precisando sempre da nostalgia!
Os dias passam em célere desmedida,
Em humana incompreensão do efêmero:
O inexorável momento não se dissipará
Ao nosso desencontro na vida!
Nele se multiplicarão, tendo posto o instante,
Mesmo assim no limbo da desilusão.
Perpetuarão como rubras flores silvestres,
Dissipando seu raro perfume
Num jardim que nunca terá fim!
Ficando apenas nossa saudade,
Sendo o bem mais precioso
Que cultivamos em vida
E que nos distingue!




Imagem retirada da internet:

Nenhum comentário:

Postar um comentário