domingo, 29 de abril de 2012

O Universo










Prosopopéia dos cantos inaudíveis,

Onde os amores jamais serão vividos!

Sob o julgo do assombroso infinito...

Num estridente e inútil grito:

Digo não ao incansável eterno!


E jamais teria se consumido,

No caos do outrora findo

E brotar ao acaso do destino,

Num constelar de matéria dispersa

Inexplicavelmente no firmamento?


Contagiando-nos instantaneamente,

Com um intenso deslumbramento.

Não há de ser somente uma obra,

Feita por mero desprendimento:

Há de ser a morada para o sempre!

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