"São demais os perigos desta vida,
para quem tem paixão..."
Vinícius de Moraes
As almas dos eternos errantes,
Em que vagueiam relutantes.
Dispersas nos mares e campinas
Onde por fim, se perdem os dias.
E se vão, fumegantes em busca
Dos perdidos dias, em que nunca,
Sonhados afinal como antes,
Trazendo mistérios distantes.
Em suas flamejantes figuras
Postas como eternas molduras
Estáticas, congelando o fim,
Labirinto feito de nanquim!
Saiam a vagar na penumbra!
Da noite que em sua sombra,
Passeiam os amantes inocentes:
Perigos que lhe são inerentes.