Entre soleiras vicariantes, num fugaz instante.
Tórrido e esquecido, porém lúcido e irradiante.
Onde não estaremos mais em pleno momento
Daqueles dias vividos que marcaram a gente,
Sem estar ausente somente, no pensamento.
Como ferro em brasa tatuando nossa estadia
Sendo como uma frívola espera inconsciente.
Seguir, sob o sol erguido no firmamento,
E pensar em que alguns dias foram todo seu:
O espetáculo surgido no esquecimento.
Noutras manhãs, como cálidas esperanças,
Em que enchemos de contentamento
Nosso súbito querer de deslumbramentos
A seguir as manhãs como fosse o nosso
Destino a caminhar sem as lembranças.
Não encontraremos mais a sua ausência,
No passar dos raros encantamentos
De vislumbrar todo o futuro de sonhos.
Em querer estar tão próximo, finalmente,
Sem perder jamais a nossa esperança.
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