domingo, 9 de maio de 2010

Outrora, deverasmente jamais...


Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida...

Casimiro de Abreu





Vasto mundo, tão vasto, medonho.
Fugimos do incansável sonho,
Exaurindo as boas lembranças
Quando éramos apenas crianças


Esperávamos sem arrogância,
Pelo crepuscular da infância:
Neste bem querer quase insano
Acreditando no ser humano.

Onde se passaram os melhores
Anos, aqueles acolhedores:
E breve lembrança esquecida,
Como recanto da minha vida.

Não sabia que os melhores anos
Não seriam, os que esperamos:
Mas, sem o perceber, deixamos ir,
Como um belo dia a se esvair...




























revista literária: Contra-corrente:


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sexta-feira, 7 de maio de 2010

O esquecimento...



Entre soleiras vicariantes, num fugaz instante.
Tórrido e esquecido, porém lúcido e irradiante.
Onde não estaremos mais em pleno momento
Daqueles dias vividos que marcaram a gente,
Sem estar ausente somente, no pensamento.

Como ferro em brasa tatuando nossa estadia
Sendo como uma frívola espera inconsciente.
Seguir, sob o sol erguido no firmamento,
E pensar em que alguns dias foram todo seu:
O espetáculo surgido no esquecimento.

Noutras manhãs, como cálidas esperanças,
Em que enchemos de contentamento
Nosso súbito querer de deslumbramentos
A seguir as manhãs como fosse o nosso
Destino a caminhar sem as lembranças.

Não encontraremos mais a sua ausência,
No passar dos raros encantamentos
De vislumbrar todo o futuro de sonhos.
Em querer estar tão próximo, finalmente,
Sem perder jamais a nossa esperança.