quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O desapego das horas...
























Acontece um clarão em meus dias
Quando tu apareces em meus sonhos.
Arrebata-me de lucidez minha constelação
De estrelas habitadas pela sofreguidão,
Num passo a passo de encontro
Com meus próprios devaneios!
Vem galopante o entusiasmo por mais uma vida
Transpassada de existir intensamente:
O meu desassossego se desfaz ao teu aconchego!
E não tenho mais o abominável medo,
De ficar neste mundo ao relento.
Nesta tempestade cósmica indulgente,
Se tornando cada vez mais envolvente
As coisas superficiais que nos constrangem,
Indubitavelmente!
No passar distraído ao desapego das horas... 
E do vasto mistério deste súbito desatento
Não ficarei mais como outrora displicente:
Pois tudo ao meu arredor ficarei atento,
Da imensidão que nos cerca e que ainda nos fascina.
Purificado ao súbito encontro com o inconsciente
E faz prosseguir com desprendimento.

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