sábado, 6 de agosto de 2011

Quando os lírios dos campos...























Quando os lírios dos campos...
Não mais preencherem de cores e de alegrias,
Os seus preciosos dias, contagiados de pleno Sol:
Contaminando, sem querer, de fulgor o seu por vir!
Então o barulho estridente dos teus apelos
E do doce cantar da cotovia,
Não mais acariciarão teus ouvidos displicentes!
Sentiras que estás só!  Longe do martírio de ser finito
Todos os anseios que foram algum dia: desejos ínfimos...
Mas com alguma esperança ainda latente de tê-los,
Mesmos por um breve momento.
Perdido no tempo ou em algum lugar esquecido de repente:
Sendo então, o que nos resta somente às lembranças,
Por um breve lapso do presente...
Estaremos contentes, sem o percebemos
Na saudade fúlgida e intacta, ao passar do tempo,
Indubitavelmente inerte ao voraz esquecimento!

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