Como lavrar o campo, esperar colher
As romãs que nunca irão florescer
E mesmo assim sentir seu aroma...
Esperando a primavera derradeira
Aonde, que teimosamente nunca virá,
Mas, ainda sonhando com sua chegada.
Então, sem querer nos contaminam
De frágeis e inesperados sentimentos
Assim, fulminante no âmago do ser:
De sei lá o que, vem sei lá de onde...
Ao que nos humanos chamamos
Inexplicavelmente de esperança.
A poesia não é como a filosofia
Que só mostra apenas o caminho a seguir.
Mais do que isso, enfeita-o com flores,
Enchendo com lucidez descomunal
Nossos humanos olhos distraídos,
Pois tudo que ainda vive é sagrado!
Imagem do Uirapuru verdadeiro;
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