Nas lembranças que tivemos no entardecer
Sucumbiram-se nos devaneios, inesperados,
Em que só a solidão nos redime, ao contemplar,
O orvalho a tingir de esperança nosso alvorecer.
Não cantareis mais as tristezas deste mundo:
Dos belos momentos inesquecíveis a se esvair
Sem nos darmos conta, sendo tão derradeiros,
Como pinturas pitorescas - em dia de sol
Das coisas em que sofremos em não dizer.
Não cantareis mais as tristezas deste mundo:
Nas solitudes, como momentos esquecidos,
Onde passaram como gestos inacabados
Como cantos inaudíveis, onde tento ouvir
Dias felizes e Amigos que vão sem nos perceber.
Não cantareis mais as tristezas deste mundo:
Do regaço que passou em nossas vidas,
Levando todos os sonhos irreversíveis;
Das soleiras deste mundo, brotam a saudade,
Misteriosamente d'onde vem a nos socorrer.
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