segunda-feira, 20 de junho de 2016

A Gota de orvalho que cai...






















As coisas tangíveis tornam-se insensíveis
À palma da mão. Mas as coisas findas,
Muito mais que lindas... Essas ficarão...
Drummond.





Hoje... Saí despretensiosamente:
Descarnado da luxúria,
Extasiando-me da abrupta luz
E liberto da vontade de possuir...
Limitado à cotidiana matéria
Espectro finito do existir!
Hoje saí sem me despedir,
Desnudo da humana carne envolta,
Sem se preocupar com a estrada
Que inevitavelmente deva seguir.
Sem os trajes terrenos presos a mim:
Este fugaz pileque homérico que é a vida,
Vou... Mas sem sentir pena!






Foto extraída do site:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9XF8w5dCXqhIjQ0EdSimoo4G9Bunn0-6s7fjhN9DbuZ9oWZVLkiIaEKZ0n0zKsPhDKbRTs6jLtPY4W9p2yqnFStPNBCnr5VuG5akEVzDjFRa00JnD6fBu1_RP9d8Otnf6wXfXPqj8q9I/s1600/gota-de-orvalho-mariana-borges-bizinotto-43182-1.jpg

2 comentários:

  1. assim seria o meu poema sobre a gota do orvalho que cai!
    meu carinho, poeta!

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  2. Sáo sempre preciosas e bem vindas as suas tão generosas palavras. Referes assim: com tanta sutileza a minha singela pessoa; exaltando-me e me faz prosseguir com mais alegria no coração! bjs minha querida Poetisa!

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