domingo, 8 de março de 2015

NASCEMOS CASULOS, MORREMOS BORBOLETAS ...
















“Sombra convertida em lúmen.
Palavra-carvão que, do longo sono da terra,
Acorda de repente diamante.”


Fernando José Karl






Não estarei no comboio dos suicidas,
Dos desvalidos: os sem-esperança...
Minha causa se faz como uma busca
Incansável dos sonhos impossíveis.


Neles estão contidos todos os segredos
Eternamente escondidos, como desatinos.
E nem por isso me renderei ao acaso,
Não sendo refém do meu destino.

Estarei muito além do encontro súbito
Dos fenômenos incompreensíveis,
Que ocultam nossos pensamentos,
Deixando-os em lugares indefinidos.

Fomos, senão, apenas como lírios
ao relento... meros sobreviventes
Postos inesperadamente aos ventos,
Sem perceber, à mercê da sorte.

O que fica, realmente...
Apenas os polens a flutuar:
Viramos sementes, em busca
Do solo fértil novamente.




4 comentários:

  1. Belo casulo transformado em vida e semeando poesia.
    Abraços literários, poeta.

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  2. Fico lhe eternamente grato por suas preciosas palavras dados aos meus mancos e singelos versos inacabados! Contagiando-os com o seu brilho e benevolência: dividindo o seu natural talento e prestígio comigo!

    saudações literárias!

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  3. Amigo Luis,tudo o que escreve me toca....
    Abraço!

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    1. Anita: é um privilégio tê-la aqui! fico feliz em dispor os seu precioso tempo aos meus singelos versos inacabados!
      fico sempre embevecido com sua existência! bjs!

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