sábado, 21 de maio de 2011

Debaixo do Pé de Romã


















                                                       À Emília Rossetto







De não saber que tão feliz eu era...
E de lembrar sempre com alegria,
No simplesmente tomar o chá:
Tão doce de erva cidreira,
Com seu bolinho de fubá
Debaixo do Pé de Romã...
Jogando conversa fora!




De tardezinha...
Brincando eu, inocentemente,
De soldadinho ou de búrica,
Sob os olhos atentos de minha Avó:
Debaixo do Pé de Romã...
Sob sua generosa sombra:
Abrigando a derradeira infância,
E acalentava os sonhos impossíveis
Vindos do futuro sem demora!




Não mudei nada... Apenas continuo sendo
Aquele menino, ainda faceiro, e fico:
Debaixo do Pé de Romã...
Esperando, finalmente, o ocaso:
Aromas e sabores que não me saem
Das lembranças trazidas do outrora...
Faz-me sentir e não esquecer:
- Quão feliz sem saber eu era!











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