"Eu vos vejo, meninos do verão, em nossa ruína,
O homem em sua estéril condição de larva.
E os meninos estão inteiros e alheios no casulo."
Dylan Thomas.
Oh! Derradeira Estrela da manhã...
Trazes consigo o arder perene
Dos lugares longínquos e impossíveis,
Em que os homens nunca alcançarão,
Com tuas máquinas arcaicas,
Em sua inútil e falível tecnologia:
Sinônimo imperfeito da solidão!
Vem piedosa em ato solene...
Ao inconsolável habitat terreno,
Tão divinamente esquecido
Pelos resquícios dos afagos eternos.
Onde não há mais cânticos de evocação:
Que façam despertar, miraculosamente,
A escassa esperança e a dúbia fé...
No fatigado coração humano!
E que na tua finda e sublime jornada...
Onde se perderá o ingênuo engenho,
Nunca fora visto tamanho invento!
E não serão em vão...
Todas tuas súplicas e lamentos:
- Os ventos não cessarão, jamais,
Em vosso parco discernimento...
E embalarão, despretensiosamente,
Teus cabelos, no final dos tempos,
Espantando todos os teus tormentos!
imagem retirado do blog:
http://mangaepoesia.blogspot.com/2009/08/cata-vento.html
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