"Que a eternidade é estar o morto com os vivos
que não irá alcançar..."
Jorge Cooper
1911-1991
Antes da matéria o nada existia;
Nem o próprio tempo se tinha,
E os deuses pisavam no caos, distraídos!
E os deuses pisavam no caos, distraídos!
Sendo ainda impune o que se prometia.
E se fez a luz e desde então,
O tempo corre em busca de si mesmo:
O tempo corre em busca de si mesmo:
Como um caudaloso rio que se esvai...
Repentino ao vazio, sem ressentimento.
No incansável passar das horas, intacto vai:
Levando tudo consigo: o esquecimento.
Inefável mente dissoluto passa,
Por entre os meros mortais
Que o contemplam displicentes.
Nada foge aos seus tentáculos:
(Onipresente, ávidos ao desconhecido)
Carregando todo o firmamento,
Carregando todo o firmamento,
Em voraz cadência indolente...
Ao mistério absoluto do eterno!
Mas nada adiantaria, enfim...
Se alguém não o experimentasse,
Em seu gosto fugaz,
Apenas.
Em seu gosto fugaz,
Apenas.
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